Cosan: Entre as Chamas das Commodities e o Caminho Imperial
No 2º trimestre de 2025, a Cosan registrou queda de 40% no lucro líquido ajustado, impactada pela baixa no preço do etanol e maiores custos de produção. O payout de dividendos foi reduzido a 25% para preservar caixa em meio ao ciclo adverso.
Dívidas e commodities: o dragão que respira fogo
A dívida líquida consolidada atingiu R$ 40 bi, puxada por investimentos em energia renovável e expansão logística. Ao mesmo tempo, a queda do açúcar no mercado internacional e a instabilidade do petróleo adicionaram volatilidade ao balanço.
Desempenho da ação: sobrevivendo ao fogo cruzado
As ações da Cosan (CSAN3) acumularam queda de 15% em 2025, em contraste com a recuperação parcial de concorrentes globais. O mercado penalizou a alavancagem elevada e a exposição a múltiplos setores com risco simultâneo.
Pressões políticas e climáticas à sua porta
A transição energética impõe desafios: subsídios e políticas ambientais ora favorecem, ora penalizam a companhia. Além disso, eventos climáticos extremos no Centro-Sul do Brasil afetaram a safra de cana e comprometeram margens.
Há saída andável — e acolhedora?
- Reestruturação financeira e alongamento da dívida podem aliviar pressões até 2026.
- Investimentos no pré-sal logístico e em biocombustíveis fortalecem a diversificação.
- Parcerias internacionais em energia limpa podem acelerar a modernização do portfólio.
E sobre clientes e investidores?
Apesar das turbulências, a Cosan mantém relevância estratégica em energia e infraestrutura. Sua capacidade de adaptação e inovação é vista como chave para recuperar a confiança dos investidores e sustentar sua posição no mercado doméstico e global.
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